Violência Gratuita: Shall We Begin? :: Crítica

Quando Peter e Paul perguntam ao espectador se eles podem começar com as barbaridades que fazem no filme “Violência Gratuita”, não é só essa a contribuição que quem está assistindo dá aos dois jovens. O filme dá a sensação que você participa das agressões tanto quanto os dois cínicos, sádicos e elegantes meninos. É dessa maneira que os dois vilões, se é que podemos chamá-los assim, aterrorizam uma família rica numa casa de veraneio, os torturando aos poucos, somente por diversão.

O remake do homônimo thriller de 1997 foi categoricamente filmado da mesma maneira, cena a cena, pelo mesmo diretor do original, o austríaco Michael Haneke. O filme interage com você e, por vezes, Paul (Michael Pitt) se vira para a tela e pede a sua opinião sobre o rumo que o filme e a família devem tomar. E claro, você se sente compelido a responder. O filme "Violência Gratuita" nos faz refletir. Não sobre grandes questões sociais, mas sobre nós mesmos. Do que somos capazes de fazer em busca de diversão e o que somos capazes de aguentar pela sobrevivência.

Na época da estréia, metade das pessoas que estavam nas salas saíam aos poucos, indignados. Tenso e perturbador, mostra a banalização da violência de uma maneira sugerida. Vale a pena para os amantes de um filme com fotografia requintada, longos diálogos e cenas bem elaboradas. Fora a atuação excepcional dos personagens principais (e únicos).

Gostando ou não, é impossível deixar esse filme passar despercebido.

Texto da colaboradora Jéssica Batista - @ajessicabatista

Veja o trailer e a ficha do filme de Violência Gratuita

Violência Gratuita: Shall We Begin? :: Crítica é um post original do blog dos Grandes Filmes.