Dançando no Escuro, de Lars Von Trier (2000) :: Crítica
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Resenha do Colaborador:
Odeio musicais. E quem me conhece sabe. Acho uma coisa muito, mas muito irreal (mais que todos os Matrix, X-Men e Crepúsculos da vida) uma pessoa conversar com outra cantando e sapateando. E a menos que você esteja louco de entorpecentes, é pouco provável que saia na rua numa noite chuvosa girando com um guarda-chuva (bem, agora todo mundo faz isso... valeu Gene Kelly).
Mas o fato é que sempre tive vontade de assistir “Dançando no Escuro” (2000) por vários motivos. Seja pelo diretor Lars Von Trier, que é rei em fazer o que quiser com o telespectador (Amor? Ódio? Terror? Deixa com ele!), seja pela Björk e pelas histórias de chilique durante as gravações do filme, ou seja, por esse lance de: será que vou gostar de musicais, afinal? Não, continuo não gostando de musicais. Mas, como li em uma crítica, “Dançando no escuro” é um tipo de desconstrução de musicais. Selma (Björk) foge das dificuldades da vida por meio de seus devaneios, ou seja, sonhando com musicais para fugir da realidade.
Fora que o Lars Von Trier consegue mostrar um lado piegas do cinema com maestria. Outro filme sobre uma mãe que se esforça para juntar dinheiro para ajudar seu filho não me interessaria, já que tampouco vejo novelas da Globo. Mas esse filme explora a degradação do homem de uma forma intensa – e também inocente.
Ponto para Björk também; o estresse durante as filmagens e a promessa de nunca mais atuar valeu a pena, foi uma linda interpretação. E pra falar a verdade, acho que todo mundo já viu esse filme, só eu não tinha visto ainda. Mas se alguém não viu, vale a pena conferir.
Texto de Jéssica Batista - @ajessicabatista
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Ficha Técnica:
Dancer in The Dark
Direção: Lars von Trier
Roteiro: Lars von Trier
Elenco: Björk / Catherine Deneuve / David Morse / Peter Stormare / Joel Grey / Cara Seymour / Vladica Kostic / Jean-Marc Barr / Vincent Paterson / Siobhan Fallon
Imagens:
Sinopse:
Selma (Bjork), imigrante tcheca e mãe solteira, trabalha numa fábrica norte dos EUA e vive num trailer com seu filho Gene (Vladica Kostic), de 12 anos. Para sair um pouco da dura realidade, ela sonha com o mundo dos musicais de Hollywood, enquanto uma doença faz com que perca a visão aos poucos. Para que seu filho não sofra o mesmo problema no futuro, ela faz de tudo para juntar dinheiro suficiente para operá-lo e livrá-lo da cegueira genética.
Dançando no Escuro, de Lars Von Trier (2000) :: Crítica é um post original do blog dos Grandes Filmes.
Autor: Grandes Filmes - @grandesfilmes Criador e revisor do blog dos Grandes Filmes. Viciado em cinema e nerd incorrigível. |