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Lunar é ficção de primeira linha :: Crítica


Quando o filme começou pensei: “Mais um com Sam Rockwell, vou ter uma overdose”. Nas últimas semanas, já tinha visto o ator em Homem de Ferro 2 e O Guia do Mochileiro das Galáxias, sempre muito bem; mal sabia que nada se comparava ao seu desempenho em Lunar.

Rockwell interpreta Sam Bell, trabalhador que vive isolado em uma base na Lua, responsável pela “mineração” de Helium-3, uma fonte de energia limpa, que abastece quase toda a Terra. Ele está lá há aproximadamente três anos e faltam duas semanas para seu contrato acabar e ele ser enviado de volta ao planeta, onde sua esposa e sua pequena filha o esperam.

Ao sofrer um acidente do lado de fora da base, coisas estranhas começam a acontecer e uma série de eventos, aparentemente ilógicos, acaba fazendo com que ele tenha que descobrir o que é real em sua vida.

Não vou entrar em detalhes, pois quero que as pessoas tenham as mesmas surpresas que eu, enquanto assistem ao filme. Basta citar que depois de vê-lo, estávamos a @tatinhaz e eu tendo uma discussão de ordem ética, às 3h da manhã, sobre a trama.

Além de Bell, o único personagem que fica em cena sem ser por gravações em vídeo é o robô GERTY, cuja voz é feita por Kevin Spacey. Ele lembra, em alguns momentos, o incrível HAL 9000 de 2001 – Uma Odisséia no Espaço, mas não dá para negar que ele é muito “gente fina”, para um robô. Além disso, é simpático GERTY ter um emoticon em seu visor, que demonstra suas “emoções”, uma estranha tentativa de humanizá-lo, por parte dos empregadores de Sam.

Por falar na obra-prima de Kubrick, todo o cenário de Lunar remete a este filme. A base na Lua é branca e clean, como as naves de 2001, as cenas "externas" também lembram a escavação do filme clássico.

Lunar custou cerca de 5 milhões de dólares, um valor baixíssimo para os padrões internacionais, e foi ignorado pela Sony, que praticamente não o promoveu mundo afora, provavelmente muito ocupada com bobagens como 2012. Aqui no Brasil, está sendo lançado diretamente em DVD, o que é uma pena, já que fico pensando como seria interessante vê-lo na telona.

Uma última curiosidade: o diretor é Duncan Jones, filho do cantor David Bowie. Interessante ver que o primeiro longa de Duncan é uma aventura espacial, um tipo de odisséia que já foi cantada com maestria por seu pai no álbum The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars.

Quem gosta de ficção científica de qualidade não pode perder Lunar.

Veja também: Trailer e ficha técnica do filme



Grandes Filmes Autor: Grandes Filmes - @grandesfilmes

Criador e revisor do blog dos Grandes Filmes. Viciado em cinema e nerd incorrigível.
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