O Apedrejamento de Soraya M (2008) :: Crítica
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Direção: Cyrus Nowrasteh
Roteiro: Betsy Giffen Nowrasteh / Cyrus Nowrasteh (baseado em Freidoune Sahebjam)
Elenco: Shohreh Aghdashloo / Mozhan Marnò / James Caviezel / Navid Negahban
Sinopse:
Abandonado em uma remota aldeia iraniana, um jornalista francês é abordado por Zahra, uma mulher que tem uma história horrível para narrar sobre sua sobrinha, Soraya, e as circunstâncias da sua morte sangrenta no dia anterior. Enquanto o jornalista liga o gravador, Zahra nos leva de volta ao começo da história que envolve o marido de Soraya, um falso mulá (líder da mesquita muçulmana), e uma cidade envolta em mentiras, repressão e pânico. As mulheres, despojadas de todos os direitos e sem recursos, nobremente confrontam os desejos devastadores dos homens corruptos, que usam e abusam da autoridade para condenar Soraya, uma esposa inocente mas inconveniente, a uma morte injusta e cruel. Um drama sobre o poder do crime, um mundo fora da lei e a falta de direitos humanos para as mulheres. A última esperança de alguma justiça está nas mãos do jornalista, que deve escapar com a história – e sua vida – para que o mundo tome conhecimento. Baseado no livro homônimo do autor franco-iraniano Freidoune Sahebjam.
Opinião:
O Apedrejamento de Soraya M. é o filme mais pesado que vi na Mostra 2009, até agora.
Baseado no livro de um jornalista franco-iraniano, o filme denuncia a forma injusta como as mulheres são tratadas em diversos países islamicos fundamentalistas.
No caso, além do absurdo da pena em si, ainda havia o agravante de Soraya ser vítima de uma armação.
A história toda é contada a partir do ponto de vista de sua tia (Shohreh Aghdashloo), que vai relatando os fatos ao jornalista. Durante todo o desenrolar da trama, ela foi a única que se empenhou em defender a garota.
Gostei mais de Aghdashloo em Casa de Areia e Névoa, onde esteve mais discreta. Aqui ela passa grande parte do tempo gritando e fazendo expressões de ódio para os homens da aldeia, em uma atuação um tanto folhetinesca.
Um outro problema é o fato da tia relatar fatos em que ela não estava presente e nem tinha tido tempo para ficar sabendo (o apedrejamento aconteceu um dia antes dela relatar a história). São pequenas falhas no roteiro, que acabam deixando a fita um pouco inconsistente.
Toda a cena do apedrejamento é de uma crueza que beira o insuportável. Ao assisti-la, fiquei pensando como deve ser horrivel ver uma barbárie dessas pessoalmente, e em como o ser humano pode chegar ao ponto de achar algo assim "justo".
Sem dúvida, um tema que deve ser mostrado e combatido.
Autor: Grandes Filmes - @grandesfilmes Criador e revisor do blog dos Grandes Filmes. Viciado em cinema e nerd incorrigível. |