Águas Verdes, de Mariano De Rosa (2009) :: Crítica

Aguas Verdes

Diretor: Mariano De Rosa

Roteiro: Mariano De Rosa

Elenco: Diego Cremonesi / Milagros Gallo / Alejandro Fiore / Jorgelina Amedolara

Sinopse:

Águas Verdes é o nome do hotel à beira-mar onde Juan planeja passar as férias de verão com a esposa e os dois filhos. Mas em seu caminho até lá, as coisas começam a dar errado. O primeiro sinal de alarme soa na cabeça de Juan quando ele vê a filha adolescente Laura conversando com um rapaz no posto de gasolina. E quando chegam ao hotel, as coisas só pioram.

Opinião:

Uma família pobre da Argentina vai passar as férias em uma praia (Águas Verdes), naquele tipo de viagem "farofeira" que a gente cansa de ver aqui. Logo percebemos que a dinâmica familiar não é das mais normais: o casal de irmãos vive brigando (a tapas), a mãe não se impõe e o pai é extremamente taciturno.

Na estrada, a garota conhece um motoqueiro e, pela primeira vez, o pai percebe que sua filha não é mais uma menina. Todos olham para ela, que retribui a atenção. E quando este motoqueiro aparece na praia onde eles estão hospedados, o ciúme do pai vai ficando cada vez mais próximo à paranóia.

O filme vai aumentando a tensão conforme acompanhamos o mergulho do pai nesta loucura. Na verdade, temos uma contraposição entre a atitude sem sentido dele e a teimosia do resto da família, que insiste em ignorar tudo o que o pai fala, justamente por considerá-lo sem razão. Quanto mais ele briga, mais os outros agem de maneira a irritá-lo, o que é um prenúncio de que a história não pode terminar bem.

Apesar da premissa até ser interessante, as atuações são sem brilho, o que contribui para que o resultado final seja apenas mediano.

No final, o argentino Águas Verdes é um daqueles filmes estranhos que a gente só vê na Mostra.

Águas Verdes, de Mariano De Rosa (2009) :: Crítica é um post original do blog dos Grandes Filmes.