Rio: Uma viagem 3D à Cidade Maravilhosa
3D, Ale Camargo, animação, Carlos Saldanha, Crítica, Resenha, TextoCom apenas um mês de exibição, o filme Rio está próximo de atingir a marca de R$ 60 milhões nas bilheterias (apenas no Brasil). Isso o torna o filme mais lucrativo do ano, além de ser uma das melhores bilheterias brasileiras de filmes de animação da história.
Os brasileiros se encantaram com o filme dirigido por Carlos Saldanha, e é fácil entender o porquê. Com uma paleta de cores vibrantes, personagens divertidos e simpáticos, e cenários incrivelmente detalhados, Rio realmente impressiona.
O filme conta a história de Blu, uma ararinha azul criada em cativeiro, que é trazida por sua dona norte-americana para o Rio de Janeiro. O objetivo é que ele acasale com uma das últimas fêmeas de sua espécie, e assim salvem a raça da extinção iminente.
Mas o plano dá errado e eles são roubados por traficantes de animais. Perdidos no Rio de Janeiro, os dois viverão diversas aventuras e, ao mesmo tempo, percorrerão um pout-pourri de pontos turísticos cariocas: o Cristo Redentor, os Arcos da Lapa, as praias, o Sambódromo, entre outros.
Como uma diversão sem compromissos, Rio agrada. E o filme consegue lidar (ainda que de modo suave) até mesmo com assuntos mais polêmicos, como o tráfico de animais, o crime nas favelas e a delinquência juvenil. Tudo isso acompanhado das músicas de Sérgio Mendes e Carlinhos Brown, entre outros.
É incrível ver o Rio de Janeiro tão lindo como nessa animação, com seu orçamento multi-milionário e toda a riqueza dos detalhes em 3-D saltando da tela. Mas é um pouco agridoce saber que foi necessário que um estúdio estrangeiro tomasse a iniciativa de fazê-lo (ainda que seu diretor seja brasileiro). Será que algum dia veremos um filme brasileiro de animação que faça tanta justiça às belezas de nossa terra, e à nossa cultura?
Quem viver, verá.
Autor: Alê Camargo - @bubafilmes Alê Camargo é roteirista, diretor de animação e leciona animação 3d na Pós Graduação da Universidade Anhembi Morumbi. |