Dia das mães - 10 filmes com mães espetaculares
Arliss Howard, Carol Bull, Claude Miller, Isabel Coixet, Jose Alvarenga Jr, Lisa Cholodenko, Lista, Nathan Miller, Pedro Almodovar, Phyllida Lloyd, Richard Benjamin, Steven Soderbergh, TextoSegundo consta no imaginário popular, mãe é tudo igual. Só muda o endereço. Mas é claro que nós sabemos que esta máxima não é verdade. Mãe é mãe, mas são todas muito diferentes entre si. As preocupações e cuidados com sua prole normalmente é a mesma, mas umas são mais corujas, outras são mais liberais. Tem mãe companheira, mãe empresária, mãe aventureira, mãe conservadora. Tem mãe chef, mãe tecnológica, mãe administradora... Toda mãe é um pouquinho de cada uma dessas coisas.
O primeiro registro que se tem sobre “comemoração” dos dias das mães é na Grécia Antiga, com as festas da chegada da primavera em homenagem à deusa Rhea, considerada mãe dos deuses. Muitos anos depois, na Inglaterra do século XVII, começou-se a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães, data conhecida como Sunday Mother, dia em que as operárias eram liberadas para visitar suas mães.
Mas foi em 1907, nos EUA, que a data ganhou força. Ana Jarvis iniciou uma campanha para a instituição da comemoração. Após perder sua mãe e ter uma grave depressão, Ana e suas amigas resolveram instituir um dia para comemorar as boas lembranças de suas mães. Em pouco tempo, muitas pessoas começaram a aderir à idéia e a data foi instituída em 9 de maio de 1914, por Woodrow Wilson.
No Brasil, a data começou a ser comemorada pela Igreja Católica, sendo instituída por decreto em 1932 por Getúlio Vargas. Comemoramos o Dias das Mães no segundo domingo do mês de maio, homenageando essas pessoas tão importantes.
Portanto, resolvemos lembrar aqui algumas mães que marcaram a história do cinema seja por sua coragem, seja por seu carisma ou pelo seu bom humor. Afinal, mãe é sempre uma personagem principal no filme da vida da gente.
Minha Mãe é Uma Sereia (Mermaids, Richard Benjamin, 1990): Um clássico da sessão da tarde. Rachel Flax é uma dessas mulheres liberais que fazem o que têm vontade e, por causa disso, vive se mudando de cidade. Por outro lado, sua filha Charlotte é uma menina tímida e reprimida pela religião. Além disso, temos também Kate, a filha determinada a ser campeã de natação. Ao chegar em uma nova cidade, elas terão de lidar com toda a população local, uma nova rotina e as diferenças familiares, que se acentuam cada vez mais. Essa mamãe tenta lidar com os abismos criados dentro de sua própria casa e o preconceito de uma sociedade conservadora, por ser uma mãe solteira nada convencional. Merece cada risada e lágrima.
Tudo Sobre Minha Mãe (Todo Sobre Mi Madre, Pedro Almodóvar, 1999): Esteban, um jovem prestes a completar 17 anos, nunca conheceu seu pai. E quando convence sua mãe de que merece saber essa história, sofre um grave acidente e morre. Ela resolve, então, correr atrás do pai e contar a ele sobre o filho e o acidente. Para tanto, ela terá que correr o circuito underground de Madri atrás do mesmo, enquanto consegue emprego com Huma Rojo, atriz preferida de seu filho. Uma mamãe diferente, mas muito legal, que ganhou um Oscar (Melhor filme estrangeiro).
Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento (Erin Brockovich, Steven Soderbergh, 2000): Erin é uma dessas mães solteiras que não tem muito tempo para si mesma e se desdobra entre a casa, a família e um trabalho, que paga a ela só o suficiente. Ela é desbocada, brega, não tem estudos e tem sérios problemas sentimentais. Entretanto, um dia cai em suas mão uma papelada sobre compra e venda de residências, envolvendo uma grande empresa pública e laudos médicos de doenças muito graves. Erin pede permissão para investigar o caso e usa todas as suas armas para convencer a população de uma pequena cidade da Califórnia a lutar pelos seus direitos e processar a empresa. Essa mamãe não é só corajosa, é bonitona, inteligente e que também ganhou um Oscar (Melhor atriz para Julia Roberts).
Minha Vida Sem Mim (My Life Without Me, Isabel Coixet, 2003): Este belo drama conta a história de uma jovem mulher que não teve muito tempo de curtir a vida e descobre que agora não dá mais. Ann está com uma doença terminal e tem pouco tempo de vida para fazer tudo que nunca fez, além de deixar as coisas em ordem. Para tanto, ela faz uma lista para realizar seus últimos desejos e não conta nada para ninguém. Enquanto encabeça a busca por uma nova mãe para sua filhas, Ann vai gravando fitas de áudio para as pequenas com anedotas e conselhos. Essa mamãe é forte e passou pelo pior momento de sua vida sozinha.
Dawn Anna – Por Amor à Vida (Dawn Anna, Arliss Howard, 2005): Dawn Anna é uma dessas mulheres fortes, que fazem tudo pela família. Ela batalha em um emprego como professora, ao mesmo tempo em que cuida sozinha de seus 4 filhos. Entretanto, ela descobre que tem uma doença grave e precisa se submeter a uma cirurgia muito delicada. Após a cirurgia, ela terá que reaprender a falar e andar para poder recuperar o emprego e a vida. Mas o pior ainda está por vir e uma nova tragédia vai se abater não só sobre sua casa, mas por todo seu país. Essa mamãe é muito forte e supera qualquer barreira.
Volver (Volver, Pedro Almodóvar, 2006): Raimunda é uma mulher disposta a tudo para proteger sua filha Paula. Quando a menina acaba matando seu marido, esfaqueado, para se defender de um abuso sexual, ela não pensa duas vezes: dá um jeito de sumir com o corpo e inventa uma história sobre seu paradeiro. E como Raimunda sabe o que é ser molestada, ela não culpa a menina, só odeia sua própria mãe. Essa mamãe é uma leoa, e ainda não está pronta para perdoar quem lhe fez mal no passado.
Mamma Mia! (Mamma Mia!, Phyllida Lloyd, 2008): Donna é uma mãezona legal e protetora, mas que nunca contou para Sophie quem é seu pai. Nas vésperas de seu casamento, Sophie acha o diário secreto de de Donna. Nele, descobre o nome de três homens com quem a mulher se relacionou e que podem ser seu pai. Ela resolve convidá-los para seu casamento, na tentativa de que sua mãe conte qual deles é o verdadeiro. Essa mamãe é uma ótima cantora, e teve uma fase muito estranha, mas agora é hora de botar as mãos na massa com a filha, organizar um casamento e fazer alguns testes de DNA.
Feliz Que Minha Mãe Esteja Viva (Je Suis Heureux Que Ma Mère Soit Vivante, Claude Miller e Nathan Miller, 2009): Um filho abandonado em busca de sua mãe biológica. Só não sabemos se é para amá-la ou matá-la. Mas quando ele reencontra a mulher, tenta encontrar algum jeito de tapar o vácuo de afetividade que teve durante toda sua vida, e acaba indo morar com a mesma. Essa mamãe não podia cuidar dos filhos porque era jovem e irresponsável, e agora mantém uma relação muito ambígua com esse rapaz que acaba de voltar pra sua vida.
Divã (Divã, José Alvarenga Jr., 2009): Toda lista merece um filme nacional, e aqui está ele. Mercedes é uma mulher bonita, bem casada, bem vivida, mãe de dois filhos lindos. Sua vida é tão completa que ela resolve fazer terapia só pra descobrir porque se sente tão bem. Mas ela não esperava descobrir tanta insatisfação pessoal e uma vontade louca e reprimida de aproveitar cada momento e realizar todos os seus sonhos. Essa mamãe é tão doida que chega a ser engraçada.
Minhas Mães e Meu Pai (The Kids are All Rigth, Lisa Cholodenko, 2010): Aqui temos duas mães, que formam um casal muito simpático. Elas têm dois filhos, fruto de inseminações artificiais, que num dado momento decidem que querem conhecer o pai. Contra a vontade das duas, eles começam a manter contato com o doador do esperma, dando início a um novo capítulo na vida dessa família muito diferente. Um filme lindo e delicado, que valeu sua indicação ao Oscar desse ano.
E pra você? Qual filme retrata bem uma boa mãe? E qual mãe é péssima. Conte pra gente!
Queria dedicar este texto à minha mamãe, dona Paula, a melhor mãe do mundo, e também a todas as grandes mães dos meus grandes colegas e grandes leitores do Grandes Filmes. Um beijo enorme na mamãe de vocês!
Fonte: Wikipedia
Autora: Carol Bull - @carolzinhabull Formada em Estudos de Mídia, faz pós-graduação em Arte e Cultura. É amante do cinema desde sempre. |