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Kick-Ass - Quebrando Tudo :: Crítica


Estava na expectativa por Kick-Ass. Nunca li os quadrinhos, mas pirei ao ver o trailer da Hit-Girl barbarizando em um corredor cheio de bandidos armados. Sempre fico meio com pé atrás quando a expectativa está alta, pois normalmente a decepção também é. Mas isso não aconteceu. Kick-Ass é fodástico! E por uma série de motivos.

Em primeiro lugar, há o fato da gente se identificar com o personagem, que é um looser grandalhão, fã de quadrinhos, com uma idéia (estúpida) na cabeça e nenhum bom senso na execução. Dave (Aaron Johnson) se pergunta por que ninguém, neste mundo gigantesco, jamais pensou em vestir uma fantasia e sair combatendo o crime. E decide fazê-lo.

Ele parte para um "treinamento" no alto dos prédios de Nova Iorque, em uma referência clara ao primeiro Homem-Aranha, onde Parker testa seu poder de soltar teias. Só que Dave não solta teias, não tem super poderes, nem ao menos é forte e, pior, não sabe e nem tenta aprender a lutar.

Claro que os resultados são desastrosos. Mas, apesar de tomar uma surra, um vídeo seu lutando com três bandidos em frente a uma lanchonete acaba se tornando um grande hit no youtube. A partir daí, Kick-Ass, como ele quer ser chamado, se torna uma celebridade da web, o que começa a atrair vários problemas para sua pessoa.

O segundo elemento que tanto agrada no filme é o menos original de todos: a vingança. Big Daddy (boa interpretação de Nicholas Cage) e sua filha psicopata Hit-Girl (Chloe Moretz, incrível) agem durante a noite, perseguindo os membros de uma gangue de traficantes da qual querem desforra. Ao contrário de Kick-Ass, eles são perigosos, violentos e estão muito bem armados, além de terem um objetivo claro, que logo ficamos conhecendo.

No entanto, o que realmente torna Kick-Ass um filme interessante é o fato dele ser muito exagerado e claramente não se levar a sério. Não tenta passar grandes mensagens, exceto, talvez, a de que existem coisas pelas quais você tem que lutar. Kick-Ass acaba percebendo isso e, mesmo já tendo certeza de que não tem nenhuma condição de ser um super-herói, ele vai buscar seu momento heróico.

A cada cena de ação envolvendo a Hit-Girl, dezenas de membros são decepados, bandidos são trespassados por lanças, enquanto outros levam tiros na cabeça ou canivetadas no peito. O diretor Matthew Vaughn não se preocupou em fazer um filme que pudesse ser exibido para adolescentes. Ele sabe que esses darão um jeito para assisti-lo. Mas se isso é um grande ponto positivo do filme, também pode criar uma dificuldade, já que assisti Kick-Ass no dia de lançamento, sexta-feira, às 21h30, em um cinema que costuma estar lotado, e tinha cerca de metade da sala preenchida.

Como falei antes, Chloe Moretz está incrível e é o ponto alto do filme. Uma garota de aspecto frágil mas que luta e mata como a noiva de Kill Bill: não tem como não se apaixonar. Suas cenas arrancavam risadas e "uaus!" durante a exibição. Um verdadeiro espetáculo.

Outra coisa que me agradou foram as dezenas de referências pop e ao mundo da internet. Tudo isso faz o filme parecer mais crível, apesar de todo o exagero, e situado em nosso tempo. E não dá para deixar de citar a trilha sonora, totalmente rock and roll, especialmente nas cenas de luta.

Ultimamente está difícil de assistir filmes que façam a gente sair da sala com um sorriso no rosto. Kick-Ass conseguiu fazer isso comigo. O cinema precisa de mais obras assim, feitas para agradar e não apenas para arrecadar. E tomara que arrecade muito, pois merece!

Trailer e ficha técnica de Kick-Ass - Quebrando Tudo

Kick-Ass - Quebrando Tudo :: Crítica é um post original do blog dos Grandes Filmes.



Grandes Filmes Autor: Grandes Filmes - @grandesfilmes

Criador e revisor do blog dos Grandes Filmes. Viciado em cinema e nerd incorrigível.
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