Camisetas com frete grátis

Semana Cinéfila #1: Akira Kurosawa


Há algum tempo pensei em começar essas “semanas cinéfilas”. Em cada uma delas, eu escolheria um grande diretor e assistiria 3 ou 4 filmes dele, dando preferência para aquelas obras imprescindíveis que eu ainda não tenha visto ou então que eu vi há muitos anos.

O diretor Akira Kurosawa

Assim como na Mostra SP de cinema, parte da diversão está na seleção dos diretores e, depois, dos filmes.

Decidi começar com Akira Kurosawa, o mais importante diretor japonês, cuja obra até hoje influencia diversos cineastas. No final de fevereiro, iniciei a primeira Semana Cinéfila.

Mas como bem sabe Joseph Climber, a vida é uma caixinha de surpresas. Eis que, após assistir Rashomon e Viver, fui internado com uma bactéria na perna. Após vários dias de molho, finalmente voltei à ativa, mas não consegui retornar aos filmes pois aí tive que lidar com separação, mudança de casa... Enfim, o mundo conspirou contra meus planos. Mas agora decidi que era o momento de completar minha primeira semana de viagem pelo maravilhoso mundo do cinema.

E na Semana Cinéfila #1 – Akira Kurosawa, assisti a 4 filmes: Rashomon (1950), Viver (1952), Ran (1985) e Sonhos (1990).


Rashomon (Rashômon, 1950)

Rashomon, de Akira Kurosawa

A história de um crime é contada sob diversos pontos de vista. Como saber qual a verdade, quando confrontamos as versões da esposa supostamente violentada, do assassino que diz que não cometeu qualquer crime e do médium que diz falar em nome da vítima? Diversos questionamentos surgem quando sobrepomos o que cada personagem diz.

Rashomon foi indicado ao Oscar de direção de arte em preto e branco e ganhou um prêmio honorário de melhor filme estrangeiro lançado nos EUA em 1951. Levou também o Leão de Ouro, em Veneza.


Viver (Ikiru, 1952)

Viver, de Akira Kurosawa

Um velho funcionário público recebe a notícia de que tem pouco tempo de vida, após anos em seu emprego tedioso e afundado em burocracia. Sem saber bem o que fazer, resolve que deve finalmente viver sua vida, mas acaba encontrando no lugar mais inesperado, um verdadeiro motivo para lutar.

O ator Takashi Shimura, que trabalha em diversos filmes de Kurosawa, nos brinda com uma atuação triste e perfeita. Viver nos fala sobre vida e morte, e também sobre burocracia, vaidade, avareza. Um dos mais lindos filmes de Kurosawa.

Ganhou um prêmio especial no Festival de Berlim de 1954.




Ran (1985)

Ran, de Akira Kurosawa

Em mais uma adaptação de Shakespeare, Akira Kurosawa nos brinda com Ran, baseado em Rei Lear. Um velho lorde está distribuindo seu legado entre os três filhos. O mais velho se tornará o novo chefe da família, herdará o principal castelo e o título de seu pai, mas enquanto este estiver vivo, deverá ainda ser obediente a ele. O filho do meio herdará o segundo castelo. Ao ser confrontado pelo filho mais novo, que é sincero e não fica bajulando o velho, o lorde o deserda. A partir daí, uma série de traições, incentivada por uma personagem que deseja vingança, fará com que a família entre em uma guerra que pode por tudo a perder.

Venceu o Oscar de melhor figurino e foi indicado para os prêmios de direção, fotografia e direção de arte. Ganhou o Bafta de melhor filme estrangeiro e maquiagem.

Depois de Os Sete Samurais, Ran é o meu filme preferido de Kurosawa.


Sonhos (Dreams, 1990)

Sonhos, de Akira Kurosawa

Lançado quando Akira Kurosawa tinha 80 anos, o filme nos traz oito curtas, com oito sonhos (pesadelos?) do diretor.

Diversos elementos da cultura japonesa, tanto antigos quanto da época do filme, estão lá: os deuses, as crenças, o sofrimento com a guerra, o terror nuclear. Mas de todos os curtas, o que mais me agradou foi o que tem por base diversas pinturas de Vincent Van Gogh.

Ainda que inferior aos outros 3 que assisti nesta semana, Sonhos tem imagens belíssimas, cinema de primeira qualidade.


Outros filmes de Akira Kurosawa:

Seguem outros filmes de Kurosawa que merecem entrar em qualquer semana cinéfila.

Os Sete Samurais (Shichinin No Samurai, 1954)
Trono Manchado de Sangue (Kumonosu-Jô, 1957)
A Fortaleza Escondida (Kakushi-Toride No San-Akunin, 1958)
Yojimbo – O Guarda-Costas (Yôjinbô, 1961)
Derzu Uzala (Derzu Uzala, 1975)

Para saber mais sobre Akira Kurosawa e o cinema japonês, vejam também:

Lista de Quinta: 5 filmes do Akira Kurosawa
Lista de Quinta: 5 filmes japoneses
E não perca, no próximo domingo, a Semana Cinéfila #2: Jean Renoir.

Semana Cinéfila #1: Akira Kurosawa é um post original do blog dos Grandes Filmes.



Grandes Filmes Autor: Grandes Filmes - @grandesfilmes

Criador e revisor do blog dos Grandes Filmes. Viciado em cinema e nerd incorrigível.
QR-Code

Quer ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo do cinema e das séries?
ASSINE GRATUITAMENTE O NOSSO FEED RSS
Add no Google Reader

  ©Template by Dicas Blogger.

TOPO