De Profundis, de Miguelanxo Prado (2007) :: Crítica

De Profundis

Direção: Miguelanxo Prado

Roteiro: Miguelanxo Prado

Sinopse:

Longa-metragem de animação com base em pinturas a óleo. O filme narra a história de uma jovem mulher violoncelista que vive numa casa junto à praia, esperando pelo seu amor, um pintor apaixonado pelo mar que foi procurar os mistérios das profundezas.

Opinião:

Acabei de assistir De Profundis e posso dizer que não é uma animação comum.

O filme foi feito todo baseado em pinturas a óleo do ilustrador Miguelanxo Prado.

Durante 70 min, vemos uma sucessão de belas imagens, sempre tendo como fundo uma ótima trilha de música clássica, interpretada pela Orquestra Sinfónica da Galiza.

Um pintor viaja no navio de pesca que é pego de surpresa por uma grande tempestade. Ao "acordar" no fundo do mar, o mesmo é conduzido por uma sereia e outros seres, em uma viagem cheia de cores.

Enquanto isso, no casarão à beira da praia, uma violoncelista toca e chora a ausência do pintor.

Nenhuma palavra é dita durante todo o filme, e não há um só elemento 3D... Apenas superposição de diversos quadros, que formam os movimentos e a perspectiva da animação.

Fiquei o tempo todo lembrando de desenhos mudos que assistia quando era criança, cujo movimentos eram ritmados pelas músicas de fundo, na falecida Rede Record (se não me engano).

Tenho certeza de que muitas pessoas não vão gostar, já que De Profundis tem um ritmo bem lento.

Um filme poético que me agradou muito. E que não tem nada a ver com o cinema atual, barulhento e cheio de pirotecnia.

De Profundis, de Miguelanxo Prado (2007) :: Crítica é um post original do blog dos Grandes Filmes.