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Algas Doces, de Andrzej Wajda (2009) :: Crítica




Tatarak

Direção: Andrzej Wajda

Roteiro: Andrzej Wajda (baseado Jaroslaw Iwaszkiewicz e Sándor Márai) e depoimentos de Krystyna Janda

Elenco: Krystyna Janda / Pawel Szajda / Jan Englert / Andrzej Wajda

Sinopse:

Baseado em conto de um dos escritores mais eminentes da Polônia, Jaroslaw Iwaszkiewicz, o filme mostra um amor multidimensional que chega tarde demais e de uma morte que sempre chega cedo. Uma mulher de meia-idade, muito culta, Marta, é casada com o médico de uma pequena cidade, que não sabe que ela é doente terminal. Ela ainda chora a morte de seus dois filhos, que morreram durante a guerra. Um dia, Marta encontra um homem muito mais jovem, Bogus, um trabalhador simples, e se encanta com sua juventude e inocência. Seus “encontros” às margens do rio cobertas de alga doce são marcados por um fascínio mútuo de uma vida chegando a um fim prematuro e uma vida apenas entrando em sua maturidade. Mas o destino lhes reserva uma grande ironia. Andrzej Wajda entrelaça essa história com monólogos da vida real da atriz Krystyna Janda, intérprete de Marta, lidando com a morte prematura do marido, o diretor de fotografia Edward Klosinski, a quem o filme é dedicado. As duas mulheres tornam-se uma – um ser humano profundamente ferido que tem que ficar sozinho e lidar com o destino inevitável da morte.

Opinião:

Algas Doces é uma daquelas obras em que saí da sala achando que tinha visto um bom filme, mas nada além disso. Depois, a cada vez que pensava nela, lembrava de algo interessante, um comentário, uma cena, um ângulo de câmera.

O filme é uma homenagem de Wajda, de 83 anos, à sua principal atriz, a protagonista Krystyna Janda, e ao esposo dela, o recentemente falecido diretor de fotografia Edward Klosinski.

Enquanto a atriz filma o conto Algas Doces, vamos acompanhando seus depoimentos sobre o marido e a fase terminal de sua doença. Assim, Algas Doces pode ser dividido em três partes distintas: o conto, os depoimentos e a filmagem do conto. Eles vão se entrelaçando para falar sobre apenas um tema: a morte.

E a morte ronda praticamente todas as cenas... Sempre de uma maneira poética e triste, vemos diversas formas como ela é encarada: a morte passada, mas ainda recente, a morte iminente (e inevitável) e a morte que acontece quando menos se espera.

Um filme que pretendo ver de novo. Agora que conheço a obra como um todo, penso que aproveitarei ainda mais cada parte distinta.




Grandes Filmes Autor: Grandes Filmes - @grandesfilmes

Criador e revisor do blog dos Grandes Filmes. Viciado em cinema e nerd incorrigível.
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