Listas de Quinta: 5 Filmes do Tarantino

Esta lista de quinta é toda dedicada ao brilhante Quentin Tarantino. Para mim, o melhor diretor surgido nos últimos 20 anos.

Poucos autores podem dizer que inovaram e chocaram tanto o público a cada novo filme lançado.

Com uma maneira inconfundível de escrever e dirigir, Tarantino se tornou uma referência e, até mesmo, um adjetivo. Quantas vezes não lemos e ouvimos o termo “tarantinesco”, aplicado a um diálogo inteligente, ou a uma cena filmada de ângulos inusitados?

Confira os meus escolhidos como 5 Filmes Essenciais de Quentin Tarantino:

Cães de Aluguel (Reservoir Dogs, 1992) - Estrelado por Harvey Keitel, Tim Roth, Michael Madsen, Steve Buscemi e Quentin Tarantino

O filme de estréia de Tarantino conta a história de um assalto a uma joalheria que deu errado.

A narrativa não linear e o roteiro, irônico e violento, foram considerados extremamente originais.

O time de atores é incrível, o que já demonstrava o talento de Tarantino para atrair grandes nomes para seus filmes.

Pulp Fiction - Tempo de Violência (Pulp Fiction, 1994) - Estrelado por John Travolta, Samuel L. Jackson, Tim Roth, Bruce Willis, Christopher Walken e Uma Thurman

Pumpkin: "Todo mundo calmo, isto é um assalto!"
Honey Bunny: "Se qualquer fdp se mexer, vou matar um puto por vez, até o último de vocês!"

Não dá para um filme cujo diálogo inicial termina com essas frases não ser bom, certo?

Para muitos, a obra-prima de Tarantino. Já em seu segundo filme, o diretor e roteirista vence inúmeros prêmios, entre eles o Oscar, o Bafta e a Palma de Ouro, em Cannes.

Conta uma série de histórias paralelas, que vão se cruzando, também sem uma ordem específica. Todas envolvendo o mundo do crime.

Na época de seu lançamento, gerou certa polêmica devido a uma suposta "violência gratuita". Uma bobagem que serve apenas para desviar o foco do principal: o filme é bom pra caramba.

Kill Bill vol. 1 (Kill Bill vol. 1, 2003) - Estrelado por Uma Thurman, Lucy Liu, Daryl Hannah, David Carradine, Michael Madsen, Julie Dreyfus e Sonny Chiba

Acho difícil saber se o primeiro episódio de Kill Bill é realmente melhor, ou se ele simplesmente explodiu minha cabeça... O que sei, com certeza, é que saí do Cinemark Tamboré em estado de choque.

O que foi aquilo? As lutas de espada? Todo aquele sangue jorrando? A sede de vingança da noiva? E a trilha sonora?

Tudo em Kill Bill é exagerado e provoca alguma reação da platéia. Além de criar uma expectativa doida para o segundo volume.

É um filme para ver e rever dezenas de vezes.

À Prova de Morte (Death Proof, 2007) – Estrelado por Kurt Russell, Rosario Dawson, Vanessa Ferlito, Rose McGowan, Quentin Tarantino e Eli Roth

Um filme menos visto de Tarantino, já que fazia parte do projeto Grindhouse, composto por À Prova de Morte e Planeta Terror (Robert Rodrigues).

É bem diferente, por simular produções B, de baixíssimo orçamento, que passavam no cinema em sessões duplas. Por isso, possui som irregular e cortes bruscos de cena, como se faltassem pedaços do rolo de fita.

Conta a história de um serial killer que se diverte perseguindo garotas com seu carro de dublê de seriados.

O filme tem vários “diálogos tarantinescos” e uma incrível perseguição na estrada. Mas nada se compara ao acidente de carro, que é repetido em câmera lenta mostrando o ponto de vista de cada uma das vítimas. Uma das cenas mais espetaculares que já vi na telona.

Bastardos Inglórios (Inglorious Basterds, 2009) – Estrelado por Brad Pitt, Mélanie Laurent, Christoph Waltz, Eli Roth, Diane Kruger e Daniel Brühl

Um grupo de judeus americanos é formado com um único objetivo: matar (e escalpelar) nazistas.

Liderados por um caipira do Tennessee interpretado por Brad Pitt, em uma atuação muito engraçada, os Bastardos acabam descobrindo que têm a chance de matar todo o alto comando nazista, incluindo Adolf Hitler.

O que eles não sabem é que o Cel. Hans Landa, o caçador de judeus, está em seu encalço. Landa, além de ser um dos melhores personagens de Tarantino, é interpretado com maestria por Christoph Waltz. Não me surpreenderei se pintar um Oscar por aqui, em 2010.

ps. texto corrigido em 30/11/2009, de acordo com os comentários do Flávio