Dr. Parnassus é uma bela despedida a Heath Ledger :: Crítica

O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus é daqueles filmes que será odiado por muita gente, já que possui uma história fantástica, povoada por cenas mega coloridas e personagens estranhos.

O filme transita entre uma trupe esfarrapada que vive na cinzenta Londres e o mundo de sonho existente dentro do espelho de Parnassus, o chefe do grupo. Este vive em função das apostas feitas com o diabo, que lhe renderam grandes alegrias e a vida eterna, mas que estão para tomar o que ele tem de mais valioso, sua filha. Destaque para a atuação de Tom Waits, como o diabo.

Como todos estão cansados de saber, Heath Ledger morreu de overdose durante as filmagens, com grande parte do filme ainda por fazer. A solução encontrada por Gilliam para a ausência foi interessante, substituindo-o cada vez que uma nova pessoa passava pelo espelho. Essa pessoa acaba vendo o personagem de Ledger como Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell.

O ator australiano fez muita falta na parte final do filme, quando Colin Farrell o substitui nos momentos cruciais da trama. De qualquer forma, a despedida de Ledger não poderia ser em melhor estilo e passei o filme inteiro lamentando o fato de termos perdido um astro como ele.

Como praticamente todas as obras de Gilliam, um dos integrantes mais criativos do grupo inglês Monty Python, Dr. Parnassus fica sempre no limite entre o mundo “normal” e o surreal, provocando o público com cenas surpreendentes e um final bem interessante.

Não deixe de assistir.

Confira o trailer e a ficha técnica do filme

Para saber mais sobre o Johnny Depp, acesse o site brasileiro sobre o ator: www.johnnydepp.com.br

Dr. Parnassus é uma bela despedida a Heath Ledger :: Crítica é um post original do blog dos Grandes Filmes.

Maiores vilões do cinema - parte 1

Todo mundo torce pelos heróis, certo? Pode até ser. Mas não há dúvidas de que são os vilões que acabam vindo à mente na hora de citarmos nossos personagens preferidos.

Resolvi fazer uma série de textos dedicados aos grandes vilões do cinema. Começarei com o básico, usando como fonte livre a lista publicada pela OFCS, em 2002. De 2002 para cá já tivemos ótimos vilões, que pretendo citar também.

Segue a primeira lista:

Darth Vader – Star Wars: Uma Nova Esperança (1977), O Império Contra-Ataca (1980), O Retorno de Jedi (1983) – Corpo de David Prowse, voz de James Earl Jones

A encarnação do mal. O cavaleiro jedi que foi seduzido para o lado negro da Força assusta assim que entra em cena, com sua figura imponente. Quando sua roupa, capa, capacete e voz não funcionam para intimidar seus adversários, utiliza o sufocamento ou, em último caso, o sabre de luz vermelho. É o braço direito do Imperador Palpatine, ditador de toda a Galáxia.

Coringa – Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008) - Heath Ledger

O mais insano de todos os vilões. Ele não quer nada, além de ver o circo pegar fogo. Seu único plano é corromper a todos na cidade: Batman, Harvey Dent, Gordon...

Já escrevi um texto falando sobre ele. Veja aqui:

Por que O Cavaleiro das Trevas é o melhor filme de herói?

Hannibal Lecter – O Silêncio dos Inocentes (1991), Hannibal (2001), Dragão Vermelho (2002) - Anthony Hopkins

Difícil pensar em um vilão tão seguro, educado, encantador e, ao mesmo tempo, tão aterrorizante. Hannibal é o psiquiatra internado em um hospício, acusado de assassinar e comer diversas vítimas. No filme que o tornou famoso, de 1991, ajuda uma jovem e sensual cadete do FBI a procurar um assassino em série. O rosto de Anthony Hopkins, como Hannibal, é o que há de mais assustador no cinema.

Norman Bates – Psicose (1960), Psicose 2 (1983), Psicose 3 (1986), Psicose 4: O Começo (1990) - Anthony Perkins

Psicose nos brindou com uma trinca assustadora: Norman Bates, a “mãe” e o Motel Bates, que é praticamente uma entidade a parte no filme. Norman acabou ficando no imaginário popular como aquele tipo de assassino do qual ninguém desconfia, que chega até a despertar certa pena das pessoas, de tão boboca que parece ser. A cena do assassinato no chuveiro, no filme de 1960, é uma das mais famosas e imitadas de todos os tempos.

HAL 9000 – 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968) – Voz de Douglas Rain

A espaçonave S. S. Discovery está a caminho de Júpiter, provavelmente para descobrir a origem de toda a existência. No comando estão Dave Bowman e Frank Poole, mas HAL 9000, o mais avançado de todos os computadores, decide que uma missão tão importante não pode ficar a cargo de simples mortais, tão sujeitos às falhas. O velho embate entre homem e máquina nunca foi tão contundente quanto na solidão do espaço. Um detalhe especial para HAL cantando “Daisy”, enquanto suplica piedade a Dave.

Annie Wilkes – Louca Obsessão (1990) – Kathy Bates

Um famoso escritor de livros açucarados sofre terrível acidente. Ao acordar, está em uma casa, sob cuidados de Annie Wilkes, enfermeira aposentada e, segundo ela mesma, sua maior fã. Quando Annie descobre que o paciente resolveu matar sua personagem preferida, decide usar todos os recursos possíveis para mantê-lo aprisionado, até que reescreva a história da maneira que ela considera correta.

A vilã vem diretamente das páginas de Stephen King. Quando um famoso tem pesadelo com algum fã, com certeza é a Annie que aparece em seu sonho.

Alex Forrest - Atração Fatal (1987) - Glenn Close

Alex deveria ser apenas mais uma conquista de Dan, homem casado que começa a ter um caso aparentemente banal com essa mulher, que conheceu no trabalho. Aos poucos, ela vai se tornando mais e mais obcecada por ele. Logo, Alex está telefonando para sua casa, perseguindo sua família e pegando o coelhinho de estimação. Glenn Close tem uma atuação inesquecível neste filme.

Saruman, o Branco - Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (2001), As Duas Torres (2002), O Retorno do Rei (2003) - Christopher Lee

É claro que nenhuma lista de vilões ficaria completa sem Christopher Lee. Em uma história em que o principal vilão é apenas uma idéia e um "olho", Saruman tem a obrigação de personificar o mal e ser o contraponto a Gandalf, mestre e oráculo do lado do bem. Em suas poucas aparições nos filmes, Saruman se mostra um personagem que perdeu o rumo e acabou sucumbindo ao mal, fazendo de tudo para atingir seus objetivos, escravizando e destruindo tudo o que existe de belo à sua volta.

A voz de Christopher Lee conjurando feitiços malignos é de arrepiar.

Esta foi a primeira parte da lista. Deixe suas sugestões para a segunda parte. Quem são os grandes vilões de todos os tempos, no cinema?

Maiores vilões do cinema - parte 1 é um post original do blog dos Grandes Filmes.

Batman - O Cavaleiro das Trevas (2008) :: Trailer

The Dark Knight

Direção: Christopher Nolan

Roteiro: Jonathan Nolan / Christopher Nolan / David S. Goyer (baseado em Bob Kane)

Elenco: Christian Bale / Heath Ledger / Aaron Eckhart / Michael Caine / Maggie Gyllenhaal / Gary Oldman / Morgan Freeman / Anthony Michael Hall

Sinopse:

Dois anos depois, com a presença de Batman (Christian Bale) para defender os moradores de Gotham City, os criminosos têm muito o que temer. O Homem-Morcego, com a ajuda do tenente Jim Gordon (Gary Oldman) e do promotor público Harvey Dent (Aaron Eckhart), lutará contra o crime organizado, comandado por seu arquiinimigo, o Coringa (Heath Ledger).

Opinião:

Leia minha opinião sobre o filme em Por que O Cavaleiro das Trevas é o melhor filme de herói?

Batman - O Cavaleiro das Trevas (2008) :: Trailer é um post original do blog dos Grandes Filmes.

Por que O Cavaleiro das Trevas é o melhor filme de herói?

Pra começo de conversa, Batman – O Cavaleiro das Trevas tem um time de atores espetacular: Christian Bale, Aaron Eckhart, Michael Caine, Morgan Freeman, Maggie Gyllenhaal e Gary Oldman. Não há o que mexer aqui... Com a troca de Katie Holmes pela Gyllenhaal, eles se livraram da única atriz fraca em papel de destaque. Mas um bom elenco não implica, necessariamente, em um bom filme (já viram algum Harry Potter?).

Além disso, há um enredo cinematográfico, mas que é fiel aos quadrinhos. Sem mostrar uma gota de sangue, Nolan e os roteiristas conseguiram levar para as telas uma história tão sombria e violenta quanto as próprias comic books do Batman. Ainda assim, o filme não é apenas uma transposição dos quadrinhos para o cinema, o que agrada também a quem não é fã dos gibis.

Com tudo isso, O Cavaleiro das Trevas já seria um excelente filme de super-herói. Um dos melhores... Mas, para ser o melhor, ainda faltava alguma coisa. E é aí que entra o grande personagem do cinema recente: o Coringa de Heath Ledger.

Desde sua primeira aparição, o Coringa rouba o filme. Ele comanda (ainda incógnito) um assalto em que todos os bandidos vão sendo mortos. A princípio, pensamos que é um simples roubo a banco, uma busca por dinheiro, mas não... Coringa está mandando um recado para a polícia e também para os mafiosos, donos do banco: “suas regras não valem para mim, a partir de agora, reina a anarquia”.

Pronto! A cada aparição do Coringa, a loucura aumenta. Não apenas a loucura do personagem, mas de todos os que estão à sua volta, policiais, mafiosos, políticos e a população. Sua verdadeira apresentação se dá em uma reunião com os chefes da máfia de Gotham City. Os bandidos querem liquidá-lo, mas ele mostra a todos que está sempre dando as cartas. A “mágica” do desaparecimento do lápis é a primeira das muitas cenas antológicas de Coringa / Ledger, no filme.



Depois disso, não dá mais para falar do personagem sem citar o ator. Sim, o Coringa é o melhor personagem, tem as boas tiradas e as grandes falas do filme, mas na boca de outro ator, talvez frases como “Why so serious” ou “Let’s put a smile on that face” soassem meio idiotas. Ledger deu ao Coringa a credibilidade que Jim Carey não conseguiu dar ao Charada, por exemplo. Em personagens malucos e exagerados como estes, credibilidade é tudo.

O vilão não tem origem, identidade secreta ou nome conhecido. Tudo nele é uma incógnita, o que o torna ainda mais temível. Não tendo uma motivação clara, ninguém, nem mesmo o Batman, consegue prever seu próximo passo.

No meio de tantas falas incríveis, uma se sobressai. Enquanto queima uma pilha gigantesca de dólares, ele solta: “Esta cidade precisa de vilões melhores... Não é sobre dinheiro, é sobre passar uma mensagem”. Simples, não?



Poderia escrever sobre o Batman, cujo único defeito, para mim, é a voz feita por Christian Bale quando está mascarado. Ou sobre o incrível Gary Oldman, em um de seus papéis mais contidos. Ou ainda sobre os monstros Morgan Freeman e Michael Caine. Mas não é necessário, o filme é mesmo de Heath Ledger (que morreu de overdose acidental meses antes do lançamento e ganhou um Oscar póstumo) e seu Coringa.

LET’S PUT A SMILE ON THAT FACE.

Veja também:
Batman - O Cavaleiro das Trevas - Ficha técnica, trailer e sinopse

Por que O Cavaleiro das Trevas é o melhor filme de herói? é um post original do blog dos Grandes Filmes.

O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus, de Terry Gilliam (2009)

Update em 21/11/2009

Confira os cartazes espetaculares de O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus:

The Imaginarium of Doctor Parnassus

Leia a crítica: Dr. Parnassus é uma bela despedida a Heath Ledger

Direção: Terry Gilliam

Roteiro: Terry Gilliam / Charles McKeown

Elenco: Heath Ledger / Johnny Depp / Colin Farrell / Jude Law / Christopher Plummer / Lily Cole / TomWaits

Sinopse:

Dr. Parnassus tem o extraordinário dom de inspirar a imaginação das pessoas. Com a ajuda de sua companhia de teatro itinerante, composta pelo sarcástico Percy, seu assistente, e Anton, um versátil mágico, ele oferece ao público a possibilidade de transcender a realidade e entrar num universo de imaginação sem limites por meio de um espelho mágico. Mas toda mágica tem um preço e, por muito tempo, Parnassus vem jogando com o diabo, que agora volta para receber o seu pagamento: a sua preciosa filha Valentina.

Para saber mais sobre o Johnny Depp, acesse o site brasileiro sobre o ator: www.johnnydepp.com.br

O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus, de Terry Gilliam (2009) é um post original do blog dos Grandes Filmes.