Harry Potter no cinema :: Crítica

Na próxima sexta, dia 19/11, chega aos cinemas Harry Potter e As Relíquias da Morte - Parte I, a primeira parte do filme que encerra a história criada por J.K. Rowling. Por isso, resolvi preparar um pequeno resumo que conta um pouco sobre cada um dos seis filmes lançados até aqui.

Harry Potter e A Pedra Filosofal

Harry Potter e Edwiges

No final de 2001, chegou aos cinemas o primeiro episódio do que seria uma das franquias mais lucrativas do cinema, Harry Potter e A Pedra Filosofal. Na época, apenas quatro dos sete livros haviam sido lançados, o que tornava o trabalho da produção mais difícil. Com a história inacabada, não havia como prever quais atores seriam aproveitados até o final da saga e o rumo que a trama tomaria.

Harry Potter e A Pedra Filosofal tem um grande trunfo, o elenco. As crianças escolhidas para viverem Harry, Rony, Hermione e Malfoy nas telas encaixaram como uma luva neste primeiro filme. No entanto, nada se compara aos grandes nomes que foram trazidos para interpretar os adultos do mundo de Potter: Richard Harris para Dumbledore, Maggie Smith para McGonagall, John Hurt para Olivaras, John Cleese para Nick Quase-Sem-Cabeça e, o melhor de todos, Alan Rickman perfeito como Severo Snape. Isto acabou se tornando a marca registrada da franquia.

Harry Potter, Hermione Granger e Rony Weasley

O diretor Chris Columbus optou por fazer um filme que era quase a transcrição completa do livro, com alguns cortes e pouca adaptação. Isso agradou aos fãs, mas acabou deixando o filme com cara de peça promocional da versão escrita. De qualquer forma, a fita agrada muito às crianças e atraiu uma grande leva de novos leitores para a já famosa série, além disso, Columbus foi muito feliz na criação visual de todo o universo mágico imaginado por Rowling.

Harry Potter e A Câmara Secreta

Minerva McGonagall, Pomona Sprout e Alvo Dumbledore

Já no ano seguinte, em 2002, foi lançada a segunda aventura: Harry Potter e A Câmara Secreta.

De novo, o filme era dirigido por Columbus e mais uma vez ele optou pela adaptação simples do livro. Só que em A Câmara Secreta isso começou a ser um problema, pois a história era bem mais longa e partes inteiras tiveram que ser cortadas, sem que houvesse uma explicação satisfatória. Saí do cinema em dúvida se quem não conhecia a versão impressa tinha entendido toda a trama.

Harry Potter e Argus Filch abaixo da inscrição que ameaça os meio-sangues

Mais uma vez, grandes atores secundários foram contratados: Jason Isaacs esteve incrível como Lúcio Malfoy, Julie Walters como Molly Weasley e Kenneth Branagh como Gilderoy Lockhart. A nota negativa foi a morte de Richard Harris, que interpretava Dumbledore, um pouco antes da adaptação ser lançada, o que criava dúvidas para o terceiro filme da série, já que a caracterização de Harris estava perfeita.

Harry Potter e O Prisioneiro de Azkaban

Hermione Granger, Harry Potter, Rony Weasley e alunos da Grifinória

Em 2004 saiu Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, que era considerado por muitos o melhor livro até então. O diretor foi Alfonso Cuarón e ele fez um filme com visual bem mais dark que os dois primeiros.

Esta é a adaptação que mais foge da história do livro, tirando muita coisa supérflua e se concentrando na parte final, onde a ação e as revelações realmente acontecem. Justamente por causa das mudanças, muitos fãs torceram o nariz para o terceiro filme.

Hermione, Rony e Harry são protegidos por Severo Snape

Prisioneiro de Azkaban marca a chegada de Gary Oldman como o “vilão” Sirius Black, Timothy Spall como Pedro Pettigrew e Emma Thompson como a professora Trelawney. Além deles, o ótimo Michael Gambon foi escalado para substituir Richard Harris no papel de Alvo Dumbledore.

Cada vez mais o tamanho crescente dos livros passa a ser um problema para as adaptações. Além disso, as idades dos protagonistas podem tornar o projeto todo ainda mais difícil. Se cada filme demorar dois anos para ser concluído, os atores mirins ficarão mais e mais velhos para interpretarem seus papéis.

Harry Potter e O Cálice de Fogo

Hermione Granger, Rony Weasley e Harry Potter

Apenas um ano depois, em 2005, foi lançado Harry Potter e O Cálice de Fogo.

Dessa vez o filme foi dirigido por Mike Newell, o melhor diretor até agora, e ele deixa toda a enrolação de lado. Sem tramas paralelas, TUDO gira em torno de Harry Potter e o Torneio Tribruxo. Apesar de cortar muita coisa, a adaptação flui bem, mantendo o filme em um ritmo frenético. Mas, ao contrário do que fez Cuarón, Newell foi mais fiel à história do livro. O único problema é que com o roteiro tão enxuto, algumas informações importantes e interessantes acabaram sendo suprimidas.

Lord Voldemort volta à vida

Temos grandes cenas, como as da final da Taça Mundial de Quadribol e da perseguição do dragão a Harry Potter na primeira prova do Torneio Tribruxo. Vale ressaltar que a trama ficou mais adulta, sugerindo alguns romances que iriam acontecer apenas no livro seguinte.

Com O Cálice de Fogo, chega mais uma leva de grandes atores, sempre em participações pequenas: Ralph Fiennes como Lord Voldemort, Miranda Richardson como a jornalista Rita Skeeter e Brendan Gleeson como o professor Olho-Tonto Moody. Temos também uma das primeiras aparições de Robert Pattinson, que depois se tornaria Edward Cullen na saga Crepúsculo.

Harry Potter e A Ordem da Fênix

A Armada de Dumbledore enfrenta os Comensais da Morte no Ministério

Em 2007, foi lançada a adaptação de Harry Potter e A Ordem da Fênix, o mais controvertido dos livros.

Em A Ordem da Fênix nós temos uma reviravolta no mundo bruxo, com uma guerra ainda não declarada acontecendo e finalmente algumas revelações importantes para a trama, além da primeira morte de um dos personagens principais. Em contrapartida, é este o livro que mais tem enrolação, é nele que aparece uma das personagens mais irritantes de toda a saga, Dolores Umbridge, e é aqui que o Harry Potter está mais chato, com atitudes tão infantis e estúpidas que beiram o insuportável. Parecia que J. K. Rowling estava com raiva de seu protagonista ao transformá-lo em um adolescente rebelde e reclamão.

Belatrix Lestrange completamente alucinada

E foi David Yates que teve a missão de levar a quinta adaptação para as telas, coisa que fez com muita propriedade. De novo, o livro é enorme, o maior da saga, mas ele demora tanto para chegar ao ponto que não deve ter sido difícil para o diretor decidir o que ia ser limado. A trama é construída em torno de uma arma muito desejada por Lord Voldemort e na luta dos mocinhos, a Ordem da Fênix, para evitar que ele consiga pegá-la. Enquanto isso, Harry experimenta uma estranha e difícil ligação entre ele e o vilão.

Os astros que se juntam ao elenco neste filme são Helena Bonham Carter, completamente alucinada no papel da assassina Belatrix Lestrange, e Imelda Staunton, que vive a Umbridge. Mas o grande trunfo desta adaptação é finalmente vermos um grande duelo bruxo: Voldemort X Dumbledore. A cena mais impressionante da série até então.

Harry Potter e O Enigma do Príncipe

Alvo Dumbledore usa todo o seu talento

Em 2009, é lançada a sexta parte da aventura, Harry Potter e O Enigma do Príncipe. Os atores mirins já estão pelo menos 4 anos mais velhos do que deveriam, mas ninguém se importa com isso. Radcliffe, Grint, Watson, Felton e seus companheiros já estão tão ligados aos personagens que não daria para imaginar outros atores interpretando Potter, Rony, Hermione ou Malfoy.

De novo, a adaptação fica a cargo de David Yates e foi o filme que mais me agradou até aqui. Mais uma vez, Yates cortou tudo o que não era estritamente necessário para o desenrolar da trama e, desta vez, o mundo dos bruxos é ambientado de uma forma realmente sinistra, como nunca tinha sido antes.

A guerra agora foi declarada, todos estão com medo. Os bruxos sabem que Voldemort voltou e que seus seguidores já estão matando a rodo. Não existe nenhum lugar seguro, exceto, talvez, Hogwarts. Harry passa a desconfiar, cada vez com mais força, de Severo Snape (disparado o meu personagem preferido), mas Dumbledore parece manter uma fé cega em seu ex-professor de Poções e atual de Defesa Contra Artes das Trevas.

Rony, Harry e Gina Weasley preparados para a batalha de Quadribol

Enquanto tenta convencer a Dumbledore que pode não ser uma boa ideia confiar em Snape, Harry passa a ter sessões particulares com o diretor, onde este mostra ao jovem bruxo tudo o que sabe sobre a infância, adolescência e começo da vida de crimes de Lord Voldemort.

O sexto filme, assim como o livro, não tem um final definido mas sim uma abertura para a sétima parte. E isso aumenta a ansiedade dos fãs para a aguardada estréia de Harry Potter e As Relíquias da Morte – Parte I.

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Harry Potter no cinema :: Crítica é um post original do blog dos Grandes Filmes.