Preciosa, de Lee Daniels (2009) :: Crítica

Precious

Direção: Lee Daniels

Roteiro: Geoffrey Fletcher (baseado em Sapphire)

Elenco: Gabourey Sidibe / Mo'Nique / Paula Patton / Mariah Carey / Sherri Shepherd / Lenny Kravitz

Imagens:

Sinopse:

Aos 16 anos, Claireece Preciosa Jones sofre todo tipo de abuso, em casa e nas ruas. Pobre, negra, obesa e semi-analfabeta, Preciosa encontra alento apenas em sua própria imaginação, onde se vê como uma famosa e glamourosa modelo. Uma história sobre adversidade e esperança.

Update em 10/01/10:

Opinião:

Precious é uma garota de 16 anos. Negra, obesa e semi-analfabeta, ela está grávida de seu segundo filho.

Abusada física e psicologicamente, a fuga de Precious é se alienar. Enquanto tudo à sua volta é feio, sujo, gorduroso, seus pensamentos são glamourosos, seus vestidos esvoaçantes, os flashs pipocam e ela dá autógrafos para fãs enlouquecidos. Até que algo terrível a traz de volta ao mundo real.

Ao mudar para uma escola especial, algo parecido com os supletivos que temos aqui, a vida de Precious pode mudar. A nova professora, mesmo reconhecendo as limitações de suas alunas, tenta lhes passar quão importante é escrever e pensar sobre seus problemas. Em uma história tão sem esperança, esta mulher passa a ser um farol para Precious.

Ainda que a figura da professora seja um clichê, visto em milhares de filmes anteriores, é totalmente necessária, já que não há nenhum outro ponto positivo em toda a trama. A relação de Precious com sua professora é algo que dá um alento à protagonista e a quem assiste à história.

Vale citar a boa atuação de Gabourey Sidibe, a Precious, e a ótima Mo’Nique, que interpreta mãe de Precious, uma mulher assustadora, desagradável, que consegue despertar toda nossa antipatia. Temos ainda as participações de Lenny Kravitz, como um enfermeiro, e a Mariah Carey, que faz uma assistente social, dois papéis pequenos e cujas atuações discretas não comprometem.

Li em algum lugar que estavam fazendo lobby para Carey concorrer ao Oscar, mas seria algo totalmente sem sentido. Se existe uma coadjuvante que rouba a cena, aqui, é Mo’Nique.

Recomendo Preciosa. É um tapa na cara do espectador.

Preciosa, de Lee Daniels (2009) :: Crítica é um post original do blog dos Grandes Filmes.