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Um CSI Tarantinesco :: Crítica


No dia 06 de julho de 2005, a Sony levou ao ar o episódio duplo de CSI que encerrava a quinta temporada da série. Além do fato óbvio de ser o último episódio da temporada, “Perigo a Sete Palmos” tinha o grande atrativo de ser escrito e dirigido por Quentin Tarantino.

Perigo a Sete Palmos tem todos os elementos “tarantinescos” que fazem a alegria dos fãs. Músicas obscuras, diálogos “whatever”, tensão e reviravolta, sangue (muito sangue), uma morbidez doentia e, claro, piadas de humor negro.

Tudo começa com Nick Stokes, o “nice guy” da série, atendendo a um chamado onde tripas foram espalhadas por um estacionamento. Lá, sem nenhuma cobertura, ele é sequestrado. Quando acorda, está enterrado em um caixão de plástico.

Logo, os companheiros de laboratório de Nick perceberão que não estão lidando com um simples bandido. Eles recebem um pendrive com um programa que permite observar o rapaz dentro de seu caixão, o que aumenta o desespero de todos.

Se em Kill Bill 2, a Beatrix possui o conhecimento necessário para fugir de um caixão de madeira, neste episódio de CSI, Nick terá que contar com a investigação de seus amigos. A única saída é ser encontrado antes que o ar termine.

Apesar de Perigo ser 100% uma história de Tarantino, dá para perceber que o diretor não caiu de pára-quedas. Ele utiliza muito bem todo o background da série em seu roteiro: o temperamento explosivo de Warrick, o parentesco obscuro de Catherine com o dono do cassino, a devoção de Sara e, claro, a adoração de Grissom por insetos.

As citações para iniciados, sempre presentes nos filmes do diretor, também estão lá: Grissom possui uma placa de dono do Trigger, o cavalo de Roy Rogers, e na cena do cassino temos a presença Tony Curtis e Frank “Charada” Gorshin, falando sobre Jack Nicholson.

O que mais me agrada é pensar nos milhares de fãs de CSI que não conhecem bem a obra dele. Ver personagens conhecidos interpretando situações tão fora do comum deve ter sido, no mínimo, estranho.

As melhores cenas são as que mostram Nick preso no caixão. São claustrofóbicas e, algumas delas, filmadas de ângulos totalmente inesperados. O desespero crescente do CSI é muito bem explorado. Quentin ainda tem a incrível idéia de colocar uma arma na mão do sequestrado, o que nos mantém em permanente estado de atenção.

Curiosamente Perigo a Sete Palmos foi, para mim, o ápice da série. A partir da sexta temporada, CSI começou a decair muito em qualidade, com roteiros cada vez mais absurdos e furados. Foi o começo do fim. Ainda hoje a série sobrevive, mas sem vários de seus atores principais.

O episódio duplo foi lançado em DVD, no Brasil, antes mesmo da 5a temporada. Infelizmente, o DVD está esgotado. Quem quiser adquirir a 5a temporada completa de CSI, pode comprar aqui. Se quiser apenas o box que contém o último episódio, tem aqui.

Vale a pena.



Grave Danger - CSI E05E24 / E05E25

Direção: Quentin Tarantino

Roteiro: Quentin Tarantino (baseado em Anthony E. Zuiker)

Elenco: William Petersen / Marg Helgenberger / Gary Dourdan / George Eads / Jorja Fox / Eric Szmanda / Robert David Hall / Paul Guilfoyle / Scott Wilson / Tony Curtis / Frank Gorshin

Um CSI Tarantinesco :: Crítica é um post original do blog dos Grandes Filmes.



Grandes Filmes Autor: Grandes Filmes - @grandesfilmes

Criador e revisor do blog dos Grandes Filmes. Viciado em cinema e nerd incorrigível.
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