Listas de Quinta: 6 Filmes de Charles Chaplin
Charles Chaplin, Lista, Listas de Quinta, Melhores Filmes, TextoÉ vergonhoso admitir que, prestes a completar um ano, o blog dos Grandes Filmes ainda não fez uma Lista de Quinta do Charles Chaplin.
O ator / roteirista / diretor é, ainda hoje, um dos maiores nomes da história do cinema. Sem dizer uma só palavra, Chaplin conseguia contar lindas histórias e encantar pessoas de todas as idades.
Tenho três lembranças distintas de Chaplin. A primeira é na minha infância, quando os filmes do Carlitos ainda passavam na TV e eu assistia a eles junto com minha prima adolescente, que era fã do personagem. A segunda aconteceu já na minha adolescência, quando comecei a descobrir os clássicos do cinema e um amigo do trabalho, meu grande mentor Pitcher, resolveu emprestar um VHS com Em Busca do Ouro gravado nele; lembro perfeitamente da primeira vez que assisti àquela fita. A última lembrança remonta há cerca de 10 anos, quando comprei um aparelho de DVD e, juntamente com ele, Tempos Modernos; meu filho, então com pouco mais de 1 ano, ficou fascinado pelo filme e o via quase todos os dias, dançando junto com o vagabundo na cena do restaurante.
Chaplin é essencial e quem gosta de cinema deve ver seus filmes. Escolher apenas seis com certeza vai deixar coisas boas de fora, mas esses são os que considero realmente imperdíveis:
O Garoto (The Kid, 1921) – O vagabundo acha um bebê abandonado e tenta se livrar dele de todas as formas, sempre sem sucesso. Conforme o garoto vai crescendo, eles vão se tornando mais e mais amigos e, juntos, passam a aplicar pequenos golpes para sobreviverem.
Em Busca do Ouro (The Gold Rush, 1925) – Perdido no meio da Corrida do Ouro, no Alasca, o vagabundo passa por todo o tipo de privação, vivendo com um garimpeiro que tenta achar o precioso metal. Este filme, que é um dos meus preferidos de todos os tempos, possui a clássica cena em que o garimpeiro faminto vê Chaplin como se fosse uma suculenta galinha, enquanto se deliciam saboreando uma bota cozida.
Luzes da Cidade (City Lights, 1931) – Ao conhecer e se apaixonar por uma vendedora de flores cega, o vagabundo passa a fazer de tudo para conseguir o dinheiro necessário para que ela possa realizar uma operação, a fim de começar a enxergar. Ele salva um milionário bêbado suicida, que se torna seu amigo, mas este só lembra do vagabundo quando está embriagado. Para piorar, a garota cega acha que ele é que é um milionário, o que acaba gerando ainda mais confusão. Muita gente considera este o melhor filme de Chaplin.
Tempos Modernos (Modern Times, 1935) – Um operário fica maluco de tanto apertar parafusos, em uma linha de montagem. Depois de passar um tempo preso, acaba conhecendo uma jovem órfã que rouba comida para alimentar aos irmãos. A partir daí, ajudá-los começa a ser seu novo objetivo de vida. Tempos Modernos é, disparado, o meu filme preferido do diretor, com sua crítica à mecanização e à linha de montagem proposta por Taylor, que aumenta a produtividade mas torna a pessoa apenas uma extensão das máquinas.
O Grande Ditador (The Great Dictator, 1940) – Chaplin interpreta dois papéis: um pobre barbeiro judeu e o grande ditador Adenoid Hynkel, que quer simplesmente dominar o mundo. Ao ser confundido com o ditador, o barbeiro pode transmitir a todos uma mensagem de paz e esperança. Outra obra magnífica de Chaplin, é apontada como um dos fatores que mais tarde causariam sua expulsão dos Estados Unidos, sob a acusação de realizar “atividades antiamericanas”. Foi o primeiro filme falado do diretor.
Luzes da Ribalta (Limelight, 1952) - Calvero é um palhaço decadente, apaixonado por uma bailarina que acha que não consegue mais dançar. Após ela tentar o suicídio, o palhaço passa a incentivá-la de todas as formas, para que esta reencontre a alegria de viver. Um filme sensível e melancólico.
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Autor: Grandes Filmes - @grandesfilmes Criador e revisor do blog dos Grandes Filmes. Viciado em cinema e nerd incorrigível. |