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Casablanca era para ser apenas mais um :: Crítica


Existem filmes que todos sabem que são clássicos e que, por um motivo ou outro, vamos deixando para depois. Casablanca, para minha vergonha, era um desses.

Na verdade, eu lembro de já ter visto Casablanca quando era criança, ou melhor, estava passando Casablanca "colorizado" e eu deixei a TV ligada enquanto jogava futebol de botão.

Finalmente, nesta semana, criei vergonha na cara e resolvi assistir ao clássico estrelado por Humphrey Bogart. Agora posso dizer, sem a menor dúvida: Casablanca é espetacular.

Tudo no filme é perfeito, as personagens, a trama, a tensão e, especialmente, as falas. Uma mais memorável que outra.

Em 1941, a cidade marroquina de Casablanca é rota de fuga para quem quer deixar a Europa, durante a Segunda Guerra. O ponto de encontro de quem deseja jogar, se divertir ou comprar um visto é o bar Rick's, cujo proprietário é um americano durão e, aparentemente, sem escrúpulos, interpretado por Bogart.

A trama gira em torno de dois vistos que foram roubados de oficiais nazistas. Um alto oficial alemão quer impedir que os mesmos cheguem às mãos de um famoso refugiado judeu, que acaba de chegar à Casablanca. Para complicar a situação, a esposa do refugiado é Ilsa (Ingrid Bergman), ex-amante de Rick.

Naquele pequeno ambiente do Rick's somos apresentados a uma representação da França ocupada pelos nazistas: franceses e alemães se toleram, por interesse, mas existe um ódio latente, prestes a explodir a qualquer momento. Já o forasteiro americano parece se manter neutro, mas, obviamente, não nutre maiores simpatias pelos nazistas, sentimento retribuído pelos alemães.

O filme tem frases memoráveis, algumas totalmente nonsense. A minha preferida é dita por Rick para o pianista Sam, logo após seu reencontro com Ilsa: "Se é dezembro de 41 em Casablanca, que horas são em Nova York?", ao que Sam retruca: "O que?... Meu relógio parou".

Curiosamente, a frase mais conhecida de Casablanca não é dita em momento algum: "Play it again, Sam!" não é falada nem por Ilsa, quando esta pede para o músico tocar As Time Goes By, e nem por Rick, quando este pede a mesma música. Veja aqui, um texto escrito pelo "Notas ao café…" sobre o assunto.

E já que citei As Time Goes By, não poderia deixar de falar um pouco da música, maravilhosa e melancólica, a tradução mais que perfeita do filme de Michael Curtiz:

“You must remember this
A kiss is just a kiss,
a sigh is just a sigh.
The fundamental things apply
As time goes by.”


Vale lembrar, também, que Casablanca não foi escrito para ser um épico. Era mais um filme comum, com elenco escolhido ao acaso e roteiro escrito às pressas, enquanto a fita ia sendo rodada. Porém, tudo conspirou a favor, incluindo o período histórico. Uma história falando de Segunda Guerra, enquanto ela ainda acontecia, acabou servindo como uma injeção de ânimo em todos os aliados, em especial a cena do duelo entre hinos, dentro do Rick's. Fica difícil não se emocionar ao ouvir a Marselhesa.

Não deixem de assistir.

Veja também:
Casablanca: trailer, ficha técnica e sinopse




Grandes Filmes Autor: Grandes Filmes - @grandesfilmes

Criador e revisor do blog dos Grandes Filmes. Viciado em cinema e nerd incorrigível.
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