Nesse vídeo, você saberá quais eram os sete reinos independentes de Westeros, antes da chegada dos Targaryen ao continente. Conheça também a história da conquista do trono de ferro por Aegon Targaryen I e suas duas esposas-irmãs, Visenya e Rhaenys, juntamente com seus três dragões.
Saiba quais são os sete reinos de Westeros atualmente e quais as casas que os governam.
"No jogo dos tronos, ou você ganha ou você morre."
- Cersei Lannister (A Guerra dos Tronos, de George R. R. Martin)
Hoje a internet foi surpreendida com a notícia de que o lendário ator Christopher Lee faleceu no dia 07/06/2015, segundo divulgado por seus familiares, depois de passar 3 semanas internado com insuficiência cardíaca e respiratória. O ator tinha 93 anos.
Lee interpretou brilhantemente o Conde Drácula, em uma época em que vampiros não brilhavam e eram assustadores. Com sua voz empostada e 1,96m de altura, o ator tinha uma presença assustadora nas telas e acabou se tornando uma das encarnações mais conhecidas do famoso vampiro, em várias produções da Hammer. Antes disso, tinha sido a criatura de Frankenstein. Depois, acabou interpretando A Múmia e trabalhando em vários outros filmes de terror, além de ser o vilão de 007 Contra O Homem da Pistola de Ouro.
O ator ressurgiu para toda uma nova geração de amantes do cinema por causa de sua escalação para ser o mago Saruman, na trilogia O Senhor dos Anéis e O Hobbit, de Peter Jackson. Fã de J.R.R. Tolkien, Lee era o único ator a trabalhar nas duas trilogias que havia conhecido o escritor pessoalmente. Além disso, ele próprio contava que lia O Senhor dos Anéis uma vez por ano.
Logo depois da trilogia de Jackson, fez o Conde Dooku em dois filmes da nova trilogia de Star Wars, de George Lucas, sendo uma das poucas coisas aceitáveis nos três novos filmes. Também atuou em vários filmes do Tim Burton.
Para homenagear um dos meus ídolos, resolvi postar aqui sua leitura de O Corvo (The Raven), de Edgar Allan Poe. Um dos meus poemas preferidos, lidos em sua voz assustadora. Um verdadeiro achado postado hoje pela Angélica Hellish, do Cine Masmorra.
Once upon a midnight dreary, while I pondered, weak and weary,
Over many a quaint and curious volume of forgotten lore—
While I nodded, nearly napping, suddenly there came a tapping,
As of some one gently rapping, rapping at my chamber door.
"'Tis some visiter," I muttered, "tapping at my chamber door—
Only this and nothing more."
Ah, distinctly I remember it was in the bleak December;
And each separate dying ember wrought its ghost upon the floor.
Eagerly I wished the morrow;—vainly I had sought to borrow
From my books surcease of sorrow—sorrow for the lost Lenore—
For the rare and radiant maiden whom the angels name Lenore—
Nameless here for evermore.
And the silken, sad, uncertain rustling of each purple curtain
Thrilled me—filled me with fantastic terrors never felt before;
So that now, to still the beating of my heart, I stood repeating
"'Tis some visiter entreating entrance at my chamber door—
Some late visiter entreating entrance at my chamber door;—
This it is and nothing more."
Presently my soul grew stronger; hesitating then no longer,
"Sir," said I, "or Madam, truly your forgiveness I implore;
But the fact is I was napping, and so gently you came rapping,
And so faintly you came tapping, tapping at my chamber door,
That I scarce was sure I heard you"—here I opened wide the door;—
Darkness there and nothing more.
Deep into that darkness peering, long I stood there wondering, fearing,
Doubting, dreaming dreams no mortal ever dared to dream before;
But the silence was unbroken, and the stillness gave no token,
And the only word there spoken was the whispered word, "Lenore?"
This I whispered, and an echo murmured back the word, "Lenore!"—
Merely this and nothing more.
Back into the chamber turning, all my soul within me burning,
Soon again I heard a tapping somewhat louder than before.
"Surely," said I, "surely that is something at my window lattice;
Let me see, then, what thereat is, and this mystery explore—
Let my heart be still a moment and this mystery explore;—
'Tis the wind and nothing more!"
Open here I flung the shutter, when, with many a flirt and flutter,
In there stepped a stately Raven of the saintly days of yore;
Not the least obeisance made he; not a minute stopped or stayed he;
But, with mien of lord or lady, perched above my chamber door—
Perched upon a bust of Pallas just above my chamber door—
Perched, and sat, and nothing more.
Then this ebony bird beguiling my sad fancy into smiling,
By the grave and stern decorum of the countenance it wore,
"Though thy crest be shorn and shaven, thou," I said, "art sure no craven,
Ghastly grim and ancient Raven wandering from the Nightly shore—
Tell me what thy lordly name is on the Night's Plutonian shore!"
Quoth the Raven "Nevermore."
Much I marvelled this ungainly fowl to hear discourse so plainly,
Though its answer little meaning—little relevancy bore;
For we cannot help agreeing that no living human being
Ever yet was blessed with seeing bird above his chamber door—
Bird or beast upon the sculptured bust above his chamber door,
With such name as "Nevermore."
But the Raven, sitting lonely on the placid bust, spoke only
That one word, as if his soul in that one word he did outpour.
Nothing farther then he uttered—not a feather then he fluttered—
Till I scarcely more than muttered "Other friends have flown before—
On the morrow he will leave me, as my Hopes have flown before."
Then the bird said "Nevermore."
Startled at the stillness broken by reply so aptly spoken,
"Doubtless," said I, "what it utters is its only stock and store
Caught from some unhappy master whom unmerciful Disaster
Followed fast and followed faster till his songs one burden bore—
Till the dirges of his Hope that melancholy burden bore
Of 'Never—nevermore'."
But the Raven still beguiling my sad fancy into smiling,
Straight I wheeled a cushioned seat in front of bird, and bust and door;
Then, upon the velvet sinking, I betook myself to linking
Fancy unto fancy, thinking what this ominous bird of yore—
What this grim, ungainly, ghastly, gaunt, and ominous bird of yore
Meant in croaking "Nevermore."
This I sat engaged in guessing, but no syllable expressing
To the fowl whose fiery eyes now burned into my bosom's core;
This and more I sat divining, with my head at ease reclining
On the cushion's velvet lining that the lamp-light gloated o'er,
But whose velvet-violet lining with the lamp-light gloating o'er,
She shall press, ah, nevermore!
Then, methought, the air grew denser, perfumed from an unseen censer
Swung by seraphim whose foot-falls tinkled on the tufted floor.
"Wretch," I cried, "thy God hath lent thee—by these angels he hath sent thee
Respite—respite and nepenthe, from thy memories of Lenore;
Quaff, oh quaff this kind nepenthe and forget this lost Lenore!"
Quoth the Raven "Nevermore."
"Prophet!" said I, "thing of evil!—prophet still, if bird or devil!—
Whether Tempter sent, or whether tempest tossed thee here ashore,
Desolate yet all undaunted, on this desert land enchanted—
On this home by Horror haunted—tell me truly, I implore—
Is there—is there balm in Gilead?—tell me—tell me, I implore!"
Quoth the Raven "Nevermore."
"Prophet!" said I, "thing of evil!—prophet still, if bird or devil!
By that Heaven that bends above us—by that God we both adore—
Tell this soul with sorrow laden if, within the distant Aidenn,
It shall clasp a sainted maiden whom the angels name Lenore—
Clasp a rare and radiant maiden whom the angels name Lenore."
Quoth the Raven "Nevermore."
"Be that word our sign of parting, bird or fiend!" I shrieked, upstarting—
"Get thee back into the tempest and the Night's Plutonian shore!
Leave no black plume as a token of that lie thy soul hath spoken!
Leave my loneliness unbroken!—quit the bust above my door!
Take thy beak from out my heart, and take thy form from off my door!"
Quoth the Raven "Nevermore."
And the Raven, never flitting, still is sitting, still is sitting
On the pallid bust of Pallas just above my chamber door;
And his eyes have all the seeming of a demon's that is dreaming,
And the lamp-light o'er him streaming throws his shadow on the floor;
And my soul from out that shadow that lies floating on the floor
Shall be lifted—nevermore!
— Edgar Allan Poe
E, como um bônus, fica aqui a tradução feita por Machado de Assis:
O Corvo
Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu, caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho,
E disse estas palavras tais:
"É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais."
Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no glacial dezembro;
Cada brasa do lar sobre o chão refletia
A sua última agonia.
Eu, ansioso pelo sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora.
E que ninguém chamará mais.
E o rumor triste, vago, brando
Das cortinas ia acordando
Dentro em meu coração um rumor não sabido,
Nunca por ele padecido.
Enfim, por aplacá-lo aqui no peito,
Levantei-me de pronto, e: "Com efeito,
(Disse) é visita amiga e retardada
Que bate a estas horas tais.
É visita que pede à minha porta entrada:
Há de ser isso e nada mais."
Minh'alma então sentiu-se forte;
Não mais vacilo e desta sorte
Falo: "Imploro de vós, — ou senhor ou senhora,
Me desculpeis tanta demora.
Mas como eu, precisando de descanso,
Já cochilava, e tão de manso e manso
Batestes, não fui logo, prestemente,
Certificar-me que aí estais."
Disse; a porta escancaro, acho a noite somente,
Somente a noite, e nada mais.
Com longo olhar escruto a sombra,
Que me amedronta, que me assombra,
E sonho o que nenhum mortal há já sonhado,
Mas o silêncio amplo e calado,
Calado fica; a quietação quieta;
Só tu, palavra única e dileta,
Lenora, tu, como um suspiro escasso,
Da minha triste boca sais;
E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço;
Foi isso apenas, nada mais.
Entro coa alma incendiada.
Logo depois outra pancada
Soa um pouco mais forte; eu, voltando-me a ela:
"Seguramente, há na janela
Alguma cousa que sussurra. Abramos,
Eia, fora o temor, eia, vejamos
A explicação do caso misterioso
Dessas duas pancadas tais.
Devolvamos a paz ao coração medroso,
Obra do vento e nada mais."
Abro a janela, e de repente,
Vejo tumultuosamente
Um nobre corvo entrar, digno de antigos dias.
Não despendeu em cortesias
Um minuto, um instante. Tinha o aspecto
De um lord ou de uma lady. E pronto e reto,
Movendo no ar as suas negras alas,
Acima voa dos portais,
Trepa, no alto da porta, em um busto de Palas;
Trepado fica, e nada mais.
Diante da ave feia e escura,
Naquela rígida postura,
Com o gesto severo, — o triste pensamento
Sorriu-me ali por um momento,
E eu disse: "O tu que das noturnas plagas
Vens, embora a cabeça nua tragas,
Sem topete, não és ave medrosa,
Dize os teus nomes senhoriais;
Como te chamas tu na grande noite umbrosa?"
E o corvo disse: "Nunca mais".
Vendo que o pássaro entendia
A pergunta que lhe eu fazia,
Fico atônito, embora a resposta que dera
Dificilmente lha entendera.
Na verdade, jamais homem há visto
Cousa na terra semelhante a isto:
Uma ave negra, friamente posta
Num busto, acima dos portais,
Ouvir uma pergunta e dizer em resposta
Que este é seu nome: "Nunca mais".
No entanto, o corvo solitário
Não teve outro vocabulário,
Como se essa palavra escassa que ali disse
Toda a sua alma resumisse.
Nenhuma outra proferiu, nenhuma,
Não chegou a mexer uma só pluma,
Até que eu murmurei: "Perdi outrora
Tantos amigos tão leais!
Perderei também este em regressando a aurora."
E o corvo disse: "Nunca mais!"
Estremeço. A resposta ouvida
É tão exata! é tão cabida!
"Certamente, digo eu, essa é toda a ciência
Que ele trouxe da convivência
De algum mestre infeliz e acabrunhado
Que o implacável destino há castigado
Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga,
Que dos seus cantos usuais
Só lhe ficou, na amarga e última cantiga,
Esse estribilho: "Nunca mais".
Segunda vez, nesse momento,
Sorriu-me o triste pensamento;
Vou sentar-me defronte ao corvo magro e rudo;
E mergulhando no veludo
Da poltrona que eu mesmo ali trouxera
Achar procuro a lúgubre quimera,
A alma, o sentido, o pávido segredo
Daquelas sílabas fatais,
Entender o que quis dizer a ave do medo
Grasnando a frase: "Nunca mais".
Assim posto, devaneando,
Meditando, conjeturando,
Não lhe falava mais; mas, se lhe não falava,
Sentia o olhar que me abrasava.
Conjeturando fui, tranqüilo a gosto,
Com a cabeça no macio encosto
Onde os raios da lâmpada caíam,
Onde as tranças angelicais
De outra cabeça outrora ali se desparziam,
E agora não se esparzem mais.
Supus então que o ar, mais denso,
Todo se enchia de um incenso,
Obra de serafins que, pelo chão roçando
Do quarto, estavam meneando
Um ligeiro turíbulo invisível;
E eu exclamei então: "Um Deus sensível
Manda repouso à dor que te devora
Destas saudades imortais.
Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora."
E o corvo disse: "Nunca mais".
“Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno
Onde reside o mal eterno,
Ou simplesmente náufrago escapado
Venhas do temporal que te há lançado
Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo
Tem os seus lares triunfais,
Dize-me: existe acaso um bálsamo no mundo?"
E o corvo disse: "Nunca mais".
“Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta, atende, escuta, atende!
Por esse céu que além se estende,
Pelo Deus que ambos adoramos, fala,
Dize a esta alma se é dado inda escutá-la
No éden celeste a virgem que ela chora
Nestes retiros sepulcrais,
Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!”
E o corvo disse: "Nunca mais."
“Ave ou demônio que negrejas!
Profeta, ou o que quer que sejas!
Cessa, ai, cessa! clamei, levantando-me, cessa!
Regressa ao temporal, regressa
À tua noite, deixa-me comigo.
Vai-te, não fique no meu casto abrigo
Pluma que lembre essa mentira tua.
Tira-me ao peito essas fatais
Garras que abrindo vão a minha dor já crua."
E o corvo disse: "Nunca mais".
E o corvo aí fica; ei-lo trepado
No branco mármore lavrado
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando. A luz caída
Do lampião sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e, fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!
— tradução de Machado de Assis
Nascido em 06 de maio de 1915, na cidade americana de
Kenosha, Welles foi um dos mais influentes e controversos diretores de cinema
de todos os tempos. Dirigiu mais de 20 filmes, entre ficção e documentários,
vários deles não creditados, além de vários curtas. Atuou ainda mais, sempre se
valendo de seu sorriso cínico e de sua voz marcante, o que lhe rendeu o papel
de narrador em diversos filmes, também.
A carreira de Welles foi marcada pelos suas brigas com os
estúdios, o que acabou fazendo com que passasse uma boa parte dela fazendo
filmes na Europa, longe de Hollywood. Três das confusões mais famosas envolvem seus filmes mais conhecidos: Cidadão Kane, A Dama de Shangai e A Marca da Maldade.
Cidadão Kane mostra a ascensão e queda de Charles Foster
Kane, um magnata da comunicação. O filme é claramente inspirado na vida de
William Hearst, que não gostou nem um pouco de se ver retratado no cinema
daquela forma. O filme quase não pôde ser lançado, por causa de um processo
movido por Hearst.
Em A Dama de Shangai, Welles trouxe Rita Hayworth, sua
esposa na época, de cabelos curtos e tingidos de loiro, em vez de sua longa
cabeleira ruiva, marca registrada da atriz. O estúdio insinuou que Welles fez
isso apenas para irritá-los, já que Rita era considerada um dos maiores “patrimônios”
da Columbia. E, conhecendo Welles, é provável que tenha sido realmente uma
provocação.
Já em A Marca da Maldade, a confusão foi muito maior.
Descontente com o toque “artístico” dado por Welles para um filme que deveria
ser uma história policial simples, protagonizado por um dos maiores astros da
época, Charlton Heston, a Universal editou a obra à revelia do diretor. Welles
redigiu um documento com mais de 50 páginas com todas as alterações que ele
queria que a Universal fizesse antes de lançá-la, o que não foi atendido. Só em
1998, uma nova montagem de A Marca da Maldade foi feita, seguindo o mais
fielmente possível os pedidos de Welles. A nova versão ganhou diversos prêmios
em seu relançamento e é um dos filmes mais incríveis da carreira do diretor.
Mas talvez a maior controvérsia da carreira de Welles tenha
acontecido antes de sua entrada para o cinema, o famoso episódio envolvendo a
transmissão via rádio de Guerra dos Mundos, de H.G. Wells. Propositalmente,
Orson, que era apenas um locutor, avisou que a transmissão era uma dramatização
do livro de ficção científica apenas no início e no fim do programa, o que fez
com que grande parte das pessoas pensasse que os fatos relatados no rádio
fosse uma real invasão de extraterrestres. Hoje em dia se discute se os relatos
de pânico nas ruas realmente aconteceram, o que é certo é que a “pegadinha”
armada por Orson acabou lhe trazendo notoriedade e abriu as portas de Hollywood
para ele.
O diretor era grande fã de Shakespeare e alguns de seus
melhores filmes são adaptações das peças do autor inglês: Macbeth, Otelo e
Falstaff – O Toque da Meia-Noite.
Orson Welles faleceu aos 70 anos, em 10 de outubro de 1985.
Deixou como legado uma das obras mais aclamadas por quem ama a sétima arte e, principalmente, por pessoas que trabalham com cinema.
Confira abaixo uma lista de 7 filmes imperdíveis dirigidos
por Orson Welles, um diretor que não coube no esquema de Hollywood:
Cidadão Kane (Citizen Kane, 1941) – Estrelado por Orson
Welles, Joseph Cotten e Dorothy Comingore – Um grande magnata da comunicação
morre e um jornalista tenta descobrir o que significa a última palavra dita por
ele, colhendo entrevistas de pessoas que conviveram com aquela pessoa fascinante e, ao mesmo tempo, intragável. Durante todo o filme somos confrontados com a questão: o que significa “Rosebud”?
No seu filme de estreia, Welles revolucionou o cinema com novos ângulos de câmera
e edição não-linear. Ainda hoje, Cidadão Kane é frequentemente citado nas
listas de melhores filmes de todos os tempos.
Soberba (The Magnificent Ambersons, 1942) – Estrelado por
Tim Holt, Joseph Cotten e Dolores Costello – Um rapaz rico e extremamente
mimado tenta atrapalhar o relacionamento de sua mãe com o homem que ela amou na
juventude, enquanto vê a família perder pouco a pouco a fortuna que sempre
teve.
O Estranho (The Stranger, 1946) – Estrelado por Orson
Welles, Edward G. Robinson e Loretta Young – Investigador de crimes de
guerra chega a uma pequena comunidade para
investigar um homem acima de qualquer suspeita, que pode ser um perigoso
criminoso nazista. A cena final é muito impactante.
A Dama de Shanghai (The Lady From Shanghai, 1947) –
Estrelado por Rita Hayworth, Orson
Welles e Everett Sloane – Um marinheiro se junta a um bizarro cruzeiro, em alto
mar, no barco de um milionário e sua estonteante e misteriosa esposa. Logo,
ele se vê envolvido em uma trama de assassinato, cheia de reviravoltas.
Macbeth (1948) – Estrelado por Orson Welles, Jeanette Nolan
e Dan O'Herlihy – Ótima adaptação da peça amaldiçoada de William Shakespeare. Com
cenários mínimos, a adaptação lembra uma peça teatral. O próprio Welles
interpreta Macbeth.
A Marca da Maldade (Touch of Evil, 1958) – Estrelado por Charlton
Heston, Orson Welles e Janet Leigh – Após a explosão de um carro na fronteira
dos EUA com o México, um policial americano, que tem fama de nunca ter deixado
um caso sem solução, e um promotor mexicano, que luta contra os cartéis de drogas, acabam
batendo de frente ao disputarem quem vai investigar o crime. O embate entre
Orson Welles (americano) e Charlton Heston (mexicano) é espetacular. A cena
inicial, em que seguimos com o carro, prestes a explodir, e a cena final, em
que o vilão é confrontado, são de tirar o fôlego.
O Processo (The Trial, 1962) – Estrelado por Anthony
Perkins, Jeanne Moreau e Orson Welles – Adaptação para o cinema do livro
inacabado de Franz Kafka. A escolha de Anthony Perkins, conhecido por
interpretar o psicopata Norman Bates, para o papel de Josef K foi perfeita. Um
dos meus filmes preferidos de todos os tempos.